segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quem eu sou hoje não lembra daquela que fui outrora e de que importa se já não serei o que não fui? Tudo em mim dorme, tudo em mim são folhas, estremecendo ao vento, lembrando de quando podia tocar a sombra tranquila com as pontas de meus dedos.
Uma vontade passageira guarda nos olhos a inércia do sono, tantos outros eus vagam por esses mundos imprecisos, brincando de pensar para dentro o que vem de fora!
Ontem ou agora, a dança rompante de ontem tão aqui comigo e agora lá fora, longe do romance, nos sonhos que talvez sejam só a alucinação dos sonhos dessa mesma mulher.
Sou duas e muitas outras, todas na distância das manhãs.