quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Minha alma ofendida, minha pátria perdida, nos campos vastos da vida foi onde passei e nada levei de ti ou de mim ou de qualquer coisa que me passou, carreguei sim o peso do mundo por tanto e há tanto que me venho destacado os pedaços que já não sou eu a chorar essas lágrimas já não és tu a secá-las, não que queira de fato algum lenço sujo na face nem a tentativa de tirá-lo do bolso quero a intenção, a atenção não a ajuda flácida ou a piada sem graça sem riso sem palhaço.
E foi tarde essa aurora onde outrora floriram os jardins, vasos... plantas... frutas... terra...por andam esses pés e por onde ainda andarão nem posso por mim prever é sério que não tenho destino senão aquele que os cavalos me levam a cavalgar nos lugares desertos e distantes onde os amantes vagam no entardecer das coisas e tal pluma me leva ao vento quando passa nos fios leves de meu cabelo vai junto minha mente em milhares de sementes que não vão se guardar a lugar algum e é só meu o sentimento e assim sempre será até que se faça novo meu dia de novo!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vergonha de Mim

Eu desenho a geometria do seu corpo, no cais do seu peito meu porto... no segredo da minha
vergonha é tudo que tenho pra recordar, te olhar com os olhos da lembrança, ai como eu quero
ser seu par nessa dança.
Brincar com seu cheiro, sentir seu gosto no amanhecer de cada dia, sorrir assim como vc
sorriria e onde foi que escondeu essa vontade? Te cavei fundo nesta tarde, nas raizes do
que chamo de amor e fui tao covarde ao ouvir sua voz, desfiz o que havia em mim na esteira
da sua boca, no sopro de sua alma em mim então que não me perca mais nesse devaneio me abraça
por inteiro cada gota dessa fruta macia, romeiro de mim me explica como posso te amar tão
simples assim???