domingo, 9 de outubro de 2011

É que nada se pode fazer quando se acostuma com o pouco, quando as mentiras são muito mais verdadeiras que as palavras. Há tempos que me contento com isso, passando pela vida sem muitas expectativas, evitando o choro e provocando tempestades.
Meus olhos de neblina, meu coração uma garoinha fina persistente insistente como aquele mosquito chato a nos incomodar os pensamentos e logo que chega o ponto final me lembro...ah sim...se eu ainda fosse jovem se já não houvessem essas rugas cada uma devidamente batizada talvez soubesse como é não ter que chegar e me ver assim, estrela flamejante esfriando devagar e sem nenhuma esperança de voltar a ser e sem reclamar do que foi e sem falar sobre o que virá...apenas mais uma expectadora dos sonhos que deixei pela estrada e de vários outros que ainda ficarão.

2 comentários:

  1. Mal disse adeus
    Se virou e foi embora
    Um pequeno frio no estomago
    Mas um grande ímpeto nos passos
    Um caminho incerto mais necessário
    A grandeza complicada de possibilidades ficou para trás
    Proibida de voltar até mesmo em lembraças
    O novo caminho encontrado levou a um destino bom
    Confortável, estável e doce
    A força incontrolável do que teve foi feliz e ansiosamente substituído
    Por hora ficará lá, em sua confortável, serena e estéril fotaleza
    Construída as pressas mas com muito esmero
    Tudo que levou ao abandonar o caos
    Será sumariamente queimado e transformado
    Será materia e arma para manter sua fortaleza.

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