segunda-feira, 11 de junho de 2012


Incontestável, algo ainda vive em meio a sujeira.

Um bicho encurralado e pálido

faminto dessas coisas, dessa ousadia

conversa comigo, suspira, pausa, lentamente...

Vomitando partes de mim

deixando rastros pelo quarto

a nicotina e as cortinas

em desespero pela mão trêmula

ou pela violência da pancada eminente.

_Quieto, não assovie mais nos meus ouvidos!!! eu grito

Ele cala, mas pulsa, constatemente nos meus pesadelos mais íntimos.

_Para, faz favor... eu suplico

E ele ri, compassadamente com meu devaneio...

Por baixo da cama, nos travesseiros, no cheiro que fica na pele

atravessando o mapa do meu corpo pelas noites insones!

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