sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nas sombras da noite que se fizeram de meus dias, escorre em águas limpas minha lira nessa sarjeta imunda e ainda dizem ser profunda minha alma. Rasga essa dor danada, nas cartas embaralhadas do tarô procuro o consolo que me falta, mas nada...nada que se faça ouvir, sem efeito continuo sem forças, me arrasto pelos erros persistentes da existência superficial que me fiz com o tempo, nem o olhar nem o sorriso, só esse vazio e a vontade latente de ser pouco o que me satisfaz e resiste o que se fez pouco mas não é ainda o universo que me completa.
Acredito que talvez eu tenha nascido completa, não me falta nem um pedaço e a hipocrisia desta que vos fala me permite afirmar que sim, não me deixei sucumbir aos trapos dessa mortalha, me vesti de acordo com as estrelas e me anoiteci aos poucos, me diminui aos tantos e hoje sou apenas aquilo que não gostaria ser, mas sou a cerca dos que me rondam aquela que deveria ser e isso basta pois na timidez de cada consciência ninguém quer ao certo se conhecer!!!

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